Histórico da Festa de São João

O Dia de Muqui foi instituído em 1947por Wolfango Ferreira, Prefeito de Muqui.

Em 1949, a sociedade festeja o Dia de Muqui. Foi inaugurada a mesa de comunhão da Matriz em mármore de carrara. Hastearam-se à frente da Prefeitura as bandeiras da Itália, Portugal, Espanha, Síria e Líbano por suas respectivas madrinhas ao som do Hino Nacional.

Desde o início da colonização, São João Batista foi escolhido como padroeiro da cidade que chegou a ter o nome de São João de Muqui, antes de apenas Muqui.

Todos os anos, no dia 24 de junho, comemora-se o Dia do Padroeiro com festejos religiosos e populares. A cidade fica toda enfeitada, adiantam-se as obras atrasadas, contratam-se atrações. Autoridades são convidadas para a festa. Aparecem os primeiros barraqueiros que se instalam à Rua Satyro França com artigos variados e comidas típicas.

É marcante a presença de churros recheados, maçã do amor e algodão-doce, dos vendedores ambulantes com seus estandartes de cataventos e bandeirinhas, bexigas, etc. Monta-se o palanque na Praça Geraldo Vianna onde animados shows de música e canto acontecem noite a dentro.

O governador e sua comitiva são esperados com festa. A Banda “Lyra 24 de Junho” é responsável pelo toque de alvorada do dia 24 por acompanhar a imponente procissão em louvor a São João. Os desfiles cívico-escolares com quilômetros de formações distintas apresentam adereços e alegorias para encantar os turistas.

O ponto alto da festa são os fogos de artifício, preparados pela família Esquincalha. Infelizmente, nos últimos anos, esta tradição tem sido esquecida na sua essência, pois diminuíram as quadrilhas, os casamentos caipiras e os Bailes de Chita.

Programação

Alvorada às 5h pela Lira 24 de Julho e queima de fogos. Depois missa das crianças e, mais tarde, missa solene.
Transmissão especial no serviço de alto-falantes da Matriz.
Diversas inaugurações, esportes e números recreativos.
Depois da missa solene, cantada pelo coro da Matriz, tradicional leilão de gado patrocinado pelos criadores do município.
À noite, depois da procissão solene, passagem das imagens de São Tarcísio, Na. Sra. Das Graças, Coração de Jesus e São João Batista, comparecimento das associações religiosas com seus estandartes, bandeiras e distintivos.
Funcionamento das barraquinhas, quermesses e leilão de gado a cargo dos fazendeiros.
Encerramento com grande Baile de Chita no Centro Cívico.

Já que mencionamos a bela queima de fogos, Osório Rafael de Oliveira nos disse que seu pai, Generoso, e seu tio Antônio Marques de Medeiros, contaram que numa Festa de São João, ainda moleques, quiseram passar a perna no padeiro da cidade e foram lá combinados, mantendo os pescoços virados para cima, contaminando a curiosidade do senhor padeiro, fazendo-o mirar os fogos de artifício na calçada, enquanto um deles, com um prego enfiado numa varinha, espetava os pãezinhos furtivamente para dentro de um saco. Depois que o padeiro "acordou" do espetáculo no céu, fugiram para o mato onde esconderam os pães para o dia seguinte, temendo serem descobertos pelos seus pais. Porém, naquela noite houve o imprevisto de uma enorme tempestade, que simplesmente fez dos pães um monte de lama na capoeira, fazendo-os jamais se esquecerem desta Festa de São João.Como era a programação no início do século XIX :

 

    A PROGRAMAÇÃO NO INÍCIO DO SÉC. XIX

“Novenas, ladainha
Leilão de prenda
Missa e traslado da bandeira do padroeiro a ser levantado no mastro com a efígie do padroeiro
Salva de tiros
Lyra Apollo
Balão com fogos ricamente iluminado
Leilão
Dança dos velhos 
De madrugada, salva de 21 tiros
Lyra Apollo
Missa solene
Salva de 12 tiros
Surpresa do fogueteiro Pedro Pavani com queima de fogos japoneses diurnos e balões que se transformam em bonecos e lindas bonecas
Leilão
Salva de 12 tiros
Procissão com a imagem Entoado “ Te deum laudamos” de Lancelotti
Pau de sebo e degolação do peru
10 fogos modernos diferentes nunca vistos
”.

Trazer os filhos vestidos de anjo e enviar prendas para sorteio.

Infelizmente, nos últimos anos, esta tradição tem sido esquecida na sua essência, pois diminuíram as quadrilhas, os casamentos caipiras, os desfiles escolares, como também vários bailes que aconteciam durante o ano, como os Baile das Camponesas, Bailes da Primavera e os Bailes de Chita. Estes se chamavam assim porque os vestidos eram confeccionados com tecidos estampados de chita.

 

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Rua Satyro França, n° 95 - Centro, Muqui - ES

ATENDIMENTO:
Telefone: (28) 3554-1866 / 3554-1666
E-mail: ouvidoria@camaramuqui.es.gov.br

ATENDIMENTO AO PÚBLICO:
Segunda a sexta-feira, das 8h às 16h

HORÁRIO DAS SESSÕES:
Sessões: 1° e 3° Quarta-Feira do Mês